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Mostrando postagens de agosto, 2017

Sobre a (In)Visibilidade

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Sobre a (In)Visibilidade As Bi também sofrem (?) Sim! Elas amam pessoas, independente do seu gênero, orientação sexual, crença ou credo e sofrem muito. "Ah! Por quê?" Porque além de serem discriminadas pelos heterossexuais ouvindo que "Bi é descaração", "Tem que decidir" e outras frases de cunho preconceituoso; também ouve da própria comunidade LGBT, principalmente das Lésbicas, algo que lhes dói intensamente. "Não vou ficar com fulaninha porque ela é Bi. Vai que ela sinta falta de um homem". É no mínimo desconcertante para quem ouve esse preconceito sendo destilado sob a forma de "preferência". Até porque fica implícito que se a pessoa for Bi, em algum momento da relação irá trair seu parceiro com alguém do sexo oposto. "Ah! Para elas foi mais fácil se entender porque gosta de tudo mesmo". Outra afirmação errônea. Tenho conhecimento de casos onde as pessoas travaram sérias brigas internas, até que aceitassem sua condiçã

Poema Erótico - Ato I

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Faça-se em mim segundo a vossa vontade... ...E desejo. Rabisque. Aos teus olhos, meu corpo é folha em branco Virgem de toques. Cubra. As linhas mal traçadas sob a fina pele que me reveste Dou-me de bom grado como molde para suas esculturas. Pinte-me. Da cor vista por seus olhoa transbordantes de sensações E sentires embebidos no véu das intenções. A espera do momento oportuno no qual saciar-te irá. Exponha-me. Diante dos espelhados olhos cobiçosos teus Desnudando minh'alma, Transpassando muralhas em busca do tão sonhado tesouro. Desfrute-me. E prove o doce sabor da minha fruta. Deleite-se em meio às coloridas pinceladas de tinta-vida Rascunhadas no corpo-papel. Faça-se em mim segundo a vossa vontade. Faça de mim seu mais doce desejo Transformando-o na luxúria- realidade.

Poema - Balada Melancolia

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Ato III Solidão. O vazio no olhar é reflexo espelhado da alma. Desarmada de amores e de si Em meio a espectros de um passado qualquer. Silêncio. Palavras não se fazem necessárias Em meio as frias paredes de um órgão debilitado. Recluso... -E recuso-me a atrair para este frio e fundo poço uma luz qualquer. Inacessível em sua dor Duelos entre orgulho e egos O fazem rechaçar auxílios inesperados. Cansaço. Sobrevivente de uma guerra em nome do santo amor Abandona o campo baixando do punho as armas Que outrora lhe serviram de proteção. Já não mais importa seu corpo físico É casulo de um sombrio e amargurado espectro Alma fina e fria ansiando o eterno descanso Em meio as águas do profundo oceano.

Poema - Se Eu Pudesse

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Se Eu Pudesse  Dama da Noite Viveria como se o amanhã não existisse Desfilaria carnaval na Beija Flor Pegaria o primeiro avião com destino ao meu amor. Viveria como poesia Em seus versos rimados Ou poemas sem rimas E as tais métricas. Viveria os últimos momentos Ao lado do meu bem querer O tempo congelaria Em favor do nosso prazer. Te levaria para conhecer Os lugares por onde andei As marcas que deixei Os caminhos que não trilhei. Faria dos nossos momentos Pinturas à mão Eternizando assim Nosso amor junto ao tempo.

Poema - Naufrágio

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Tic tac... Tum tac... Assim bate o relógio na parede do quarto Assim bate o coração dentro do peito. No compasso de uma vida que poderia ter sido vivida de formas distintas e não por isso menos felizes. Hoje são as memórias que ditam essa história. A triste história de alguém que amou... E foi amado.(?) Na medida em que as horas passam o tic tac fica mais fraco,o tum tac mais espaçado e a respiração densa. A hora da despedida aproxima-se. Celesta aos pés da cama observa as feições neutras e o olhar vazio de sua missão. Tão jovem e bela, tão machucada e ferida pela incompreensão daquele mundo víl. Quem sabe não seja ela a sua eleita? Tic... Tum... Tac... Silencio... Ela sorri pra a jovem deitada oferecendo sua mão em um convite mudo. Convite aceito e elas são transportadas para o além. -Algo bom nos espera. - Sussurra. -O que é? -A eternidade.